06 ago 2025
A urgência de integrar saúde mental, burnout, ansiedade e disautonomia à gestão corporativa
Em tempos de alta competitividade, sobrecarga e instabilidade, o verdadeiro diferencial das organizações está na sua capacidade de proteger a saúde integral de seus colaboradores. E é exatamente isso que a NR-1, Norma Regulamentadora nº 1 do Ministério do Trabalho, revisada em 2022, veio reforçar: a obrigatoriedade legal de identificar, avaliar e gerenciar riscos psicossociais no ambiente de trabalho.
Riscos psicossociais
Burnout, ansiedade, depressão e outras formas de sofrimento psíquico devem ser avaliadas. Mas, além dessas já conhecidas, existe uma condição frequentemente negligenciada nas empresas: a disautonomia, um conjunto de síndromes que afeta o sistema nervoso autônomo que é responsável por funções vitais e involuntárias como batimentos cardíacos, digestão, respiração e controle térmico.
O que a NR-1 exige?
A nova NR-1 é uma diretriz que impõe que as empresas avaliem e cuidem dos riscos psicossociais com o mesmo rigor que cuidam dos riscos físicos ou ergonômicos. Isso significa:
O custo “invisível” do absenteísmo psicológico
A ausência de um colaborador por razões emocionais (afetando inclusive o físico) não é um evento pontual, é o sintoma de um sistema organizacional adoecido. Quando ignorado o cuidado e atenção necessária, gera:
Disautonomia: o corpo pedindo ajuda
Em meio a esse cenário, cresce o número de pessoas que apresentam sintomas mal interpretados, confundidos com "ansiedade comum" ou “frescura”. A disautonomia, é uma dessas manifestações negligenciadas:
A disautonomia não é uma doença mental, mas é altamente influenciada por estressores crônicos, jornadas intensas, metas inalcançáveis e ausência de pausas reais. Tratar apenas os sintomas não basta. É preciso olhar para o que causa esse estado contínuo de disfunção.
Conheça mais através do e-book sobre disautonomia: https://archive.org/details/para-compreender-a-disautonomia
Redução do absenteísmo começa com inteligência emocional organizacional
Palestras motivacionais, encontros e cafés com frases positivas no meio do expediente são bem vindas, mas não são suficientes se o clima organizacional for desumano ou negligente.
Ações efetivas passam por:
Para quem é líder, gestor ou RH
Para quem é colaborador
Uma nova cultura é possível
Empresas saudáveis exigem dentro dos limites e são as melhores na escuta. A produtividade aumenta quando o colaborador é respeitado nas suas necessidades. A redução do absenteísmo começa com o reconhecimento do indivíduo. A psicologia e a medicina reconhecem e validam a importância de um ambiente corporativo emocionalmente seguros, acreditando que são os pilares do bem-estar e produtividade.
Como implementar na prática a NR1
Outras formas de atuação através de estratégica humanizada
Fonte: Dra. Adriana de Araújo, Psicóloga, Mestre em Psicologia (Portugal e Brasil), Hipnoterapeuta, Escritora e Palestrante Internacional, nova colunista colaboradora do newsletter mensal. Especialista na análise e implementação de questões comportamentais. www.adrianadearaujo.com.br,adriana@adrianadearaujo.com.br,www.linkedin.com/in/AdrianadeAraújo